Viagem: relatos e dicas da Itália : 14 - Um azul indescritível: Ilha de Capri

Continuando a viagem. Para ir a Capri pode-se partir de Napoli, Sorrento ou da Costa Amalfitana. Em qualquer destes portos há barcos que saem em horários regulares e é relativamente simples saber sobre eles.
(Obvio que quando digo "simples" não é para se chegar em um local sem qualquer informação. Com uma pesquisa prévia e rápida no google, blogs ou guias é possível chegar a diversos locais sem a necessidade de agências de viagem. - Pesquisamos e levamos diversas informações importantes gravadas no Note ou então impressas).
Em Sorrento, onde estávamos, há barcos que saem para três ilhas no Golfo de Napoli: Ischia, Proschida e, a mais famosa: Capri.
Pelo que pesquisamos com os locais e em folhetos para turistas, Proschida é a menor e, apesar de bonita, seria a última das três em prioridade. Ischia é linda e é a preferida dos italianos, mas por ser menos conhecida pelos estrangeiros, havia menos opções de barcos (e era mais longe também).
Optamos por Capri por ser a mais perto de Sorrento, e por haver maior disponibilidade de transporte - apesar de ficarmos com muita vontade de conhecer Ischia (quem sabe numa outra vez... Ôba, vamos voltar!!).
Capri e o azul de suas águas (esta imagem sintetiza muito dela. Ai foram gravados muitos filmes e comerciais, principalmente do Armani, que tem uma Villa na ilha - que probreza!).

Bom, mas vamos ao prático: pesquisamos as saídas dos barcos e vimos que, de Sorrento para Capri, havia saídas constantes. Pegamos um barco às 9hs (a travessia dura de 30 a 40 minutos). Não me lembro muito bem o valor, mas era em torno de 15 euros o trajeto.
Este é o barco. Nem esperávamos uma embarcação tão grande:

(O Vesúvio - ao fundo - domina todas as vistas - magnifico!)

Ele é super confortável, com poltronas reclináveis com bom espaço interno e...

... externo. Ficamos no de fora, e pudemos curtir toda a vista:

Vista de Sorrento (al mare):

Chegando em Capri:

Inacreditável.
O contraste entre as cores, potencializada pela luz do sol, faz um cenário de filme!

O porto:

Uma frase recorrente: "Ma, me belisca?" ...rs

Bom, em Capri, na parte baixa, só há o porto e a praia.... (só?!)

Há duas vilas (não sei se seria bem este o nome, mas há: Capri e Ana Capri). E para as duas é preciso subir o "morro".
Da primeira vez optamos pelo Funiculare (um bondinho que vai rapidinho até Capri)

Vista do Bondinho:

Este é o bondinho, visto do ponto final: em Capri:

Andamos um pouco por Capri e retornamos rápido ao porto, pois iríamos fazer um tour de barco pela ilha. (Capri é algo como a "Ilha de Caras" ao quadrado. As lojas mais chiques estão por lá - todos os grandes estilistas têm lojas em Capri - foi legal, mas não era muito nosso ritmo)
Acredita que não tiramos fotos de Capri?! Achamos que iriam cobrar por isso.....

Descemos o bondinho e ficamos na fila para o passeio. (Obs: essa era a vista que tínhamos da fila em que estávamos)

Embarcamos com mais umas 20 pessoas, de várias nacionalidades:

IL MARE:

Com os rochedos:

Juro como eu queria esta "vilinha"...rs

Na antiguidade, havia um imperador romano que tinha uma Villa neste rochedos. O hábito dele era jogar desafetos (esposas, escravos e quem mais ele quisesse), por esta caverna, que despencavam nos rochedos e no mar)

Um dos passeios mais disputados de Capri é a Gruta Azul mas neste dia, a mare estava alta e não dava pra realizar a visita. A entrada da gruta é numa destas reentrâncias na rocha. (Cá entre nós: para entrar a passagem é bem estreita e só é possível com a mare baixa e se abaixando no barco - confesso que estava com um pouquinho de medo se fôssemos entrar)

Ops. outra "vilinha" que me agradaria possuir...rs (Capri possui inúmeras Villas que pertencem aos mega/ hiper bilionários, sem contar os famosos)

Bom, seguindo o passeio estávamos nos aproximando das três rochas mais famosas de Capri: Os Faraglioni - que emergem do mar próximo à costa e cenário de filmes e propagandas (lembram aquela do perfume Armani, um casal com trajes de banho brancos em um barco atracado? É lá!)

Se aproximando:

Os barcos passam sob o arco:

Tem uma lenda: os casais, ao passarem de barco sob o arco de rocha, devem se beijar, pois assim garantem amor eterno!!

(por motivos óbvios, não temos fotos passando sob o arco...rs)

Seguindo o passeio:

Voltamos pelo mesmo caminho e encontrando vários barcos:

A vista do barco:

Mar:

Capri quase não tem praia, mas vimos em alguns lugares umas plataformas com escadinhas que descem até a água. Assim, as pessoas ficam ao sol nas plataformas e, quando querem, descem por estas escadas para mergulham.

Retornando ao porto:

Finalizamos nosso passeio e foi maravilhoso!!!

Mas vale uma observação: vimos umas duas pessoas passando mal no barco (enjoo). Eu tinha levado Dramim e Plasil, mas não senti nada, não precisei tomar (aliás, dei um dos comprimidos para uma espanhola que passou muito mal). Fica a dica: se você não sabe se enjoa em barcos pequenos, leve um remedinho.

Descemos no Porto e decidimos conhecer Ana Capri. Mas desta vez faríamos diferente para subir, ao invés do bondinho pegaríamos um ônibus.

Do barco, havíamos visto a ilha sob outro angulo e, até mesmo o guia do barco nos chamou a atenção para a via que sobe pelos penhascos em direção a Capri e Ana Capri, que é chamada de "Mama Mia", devido aos sustos que as pessoas levam nas estradas estreitíssimas, mão dupla e à beira do penhasco.

Olhem as fotos que fizemos da estrada a partir do barco. Reparem bem no penhasco (clique na foto). Depois verão as que tiramos a partir de lá.

No porto, tomamos o ônibus para Ana Capri. Estávamos meio sem direção pois nem sabíamos onde desceríamos. Mas a ilha não é grande e até queríamos nos perder por ela... explorar, curtir, fugir do circuito turístico.

Aqui, começando a subir a estrada "Mama mia" (curva 180º, pouco aclive. Facinha...)

Este é o ponto de ônibus, não era de turismo, mas um coletivo usado por muitos moradores e poucos turistas (Quando viajamos gostamos muito de fazer algumas coisas para nos sentirmos imersos na cultura local. Mesmo o Marco, que não fala nada de italiano, conseguia se virar muito bem, pois as línguas são similares e, se falar pausadamente e com boa vontade, a compreensão é possível para ambas as partes. Foi uma experiência muito boa!). Como em qualquer lugar do mundo (tirando a vista) havia fila e você compra o ticket: próximo ao ponto.