domingo, 21 de abril de 2013

16 - Ravello - Città della musica (a melhor surpresa)

Como já disse antes, Ravello foi uma indicação de um senhorzinho que conhecemos em um trem. Até hoje agradecemos a ele, em oração, pela melhor dica da viagem!
Relembrando: tomamos esse trem para irmos de Nápoli à Sorrento. Estranhamos um pouco pois em nada parecia com os da Trenitália: era bem feinho e lotado (mal sabíamos que iríamos nos apaixonar por ele, pois a paisagem que corta é simplemente deslumbrante). Nos sentarmos ao lado de um senhor que estava dormindo que, ao acordar, acabou puxando conversa conosco. Ele conhecia um pouco do Brasil e de São Paulo e, ao final da conversa, nos sugeriu  fortemente a visitar Ravello que, segundo ele, era a cidade mais linda da região (difícil comparação, pois a Costa Amalfitana é maravilhosa, mas arriscamos dizer que é uma das mais lindas cidades que conhecemos na Itália e, o que é melhor, não tão frequentada pela rota turística).
Obs. Mesmo para quem não fala italiano, quando eles falam devagar, é possível compreender e ser compreendido.

Esta acho que é uma foto que resume bem Ravello: sobre um platô com vista para a Costa Amalfitana.


Vamos à aventura: neste dia de passeio a Ravello, alugamos um carro e seguimos pela costa amalfitana nos deliciando com as vistas e a aventura de dirigir pela "costiera". Fomos devagar e tirando muitas fotos (conforme a postagem 15).

Depois de Amalfi há placas que indicam Ravello: subindo a montanha.

Amalfi:

A estrada que vai para Ravello consegue ser mais estreita que a Costiera. Há lugares em que há semáforos para parar uma das direções e a outra continuar.




Espelhos para ver o quem vem na outra direção (e pode ser ônibus!):

Depois de uma meia horinha, chegamos a Ravello. Paramos em um estacionamento, pois na maioria das cidades italianas históricas é proibido entrar de carro, a não ser que você seja morador. A multa para quem desrespeita isto é altíssima. É preciso prestar atenção nesta placa: "Veitato di passaggio" = proibido passar:


Continuando: não sabíamos quase nada de Ravello e pouco a pouco fomos explorando e nos encantando.
Ao sairmos do estacionamento (Parcheggio), esta foi a primeira visão:


E a praça:


As ruas que saem dela:






A vista que se tem do mar:







Toda a encosta do penhasco é aproveitada com plantações:



Este é o caminho para a Villa Cimbrone, um local maravilhoso, com jardins estupendos abertos a visitação e há também um hotel (este é para poucos, Greta Garbo se hospedava aqui).


A Villa:


Seus salões:



A vista do salão:


Jardins internos:




Os jardins externos são um capítulo a parte: uma área enorme debruçada sobre o mar, em um patamar bem alto o que possibilita uma ampla visão de toda Costa Amalfitana (é de tirar o folego):




Continuando pelos jardins:










Chegamos a parte mais linda do jardim:

Este platô tinha esta vista:


E esta, olhando para baixo:


Aproximando a câmera, dá para ver a estrada:


Olhando para o outro lado:


Acho que foi um dos lugares mais lindos que já vi na minha vida!!
Observações práticas: chegamos cedo, por isto ainda estava vazio. O ingresso custa por volta de 7 euros, mas vale muito a pena. Ficamos cerca de 3 horas perambulando pelos jardins.




Saímos da Villa e voltamos para o centro de Ravello.
Este é o caminho:


Curiosidade: olha só o nome desta loja que encontramos no caminho


Mais ruas: caminhos lindos!






Este caminho era uma descida que levava até até Minori e Amalfi, ao nível do mar, ou seja era mais ou menos 700 metros de descida.


Era lindo, lindo, lindo, lindo e mais trezentas vezes lindo! 











De um lado o mar, e de outro a montanha:



Descemos por quase uma hora, mas confesso que estava ficando preocupada com a volta, pois não estávamos nem na metade e o calor, de mais de 30 graus, estava matando!
Em um dos encontros da escada com a estrada decidimos voltar. (tivemos uma grande sorte, pois um Padre nos viu caminhando sob o sol escaldante e nos ofereceu carona de volta a Ravello)
Foi bem aqui:


Observação importante: faz séculos que Ravello não permite construções novas em seu centro histórico, mas houve uma única exceção nos últimos tempos: Oscar Niemeyer construiu um grande auditório na cidade para abrigar o Festival de música que ocorre lá no verão. Eu estou bem em frente a este auditório. (orgulho)

Depois da "carona" do Padre, estávamos de volta ao centro e, depois de almoçarmos, continuamos nossa exploração. Observação: sempre levávamos água, e algumas coisas para "beliscar" quando saíamos. Um exemplo: água de 1 litro  no mercado custa 1 euro, em locais turísticos, meio litro custa 2 a 3 euros. Neste dia encontramos um restaurante BBB (bom, bonito e barato) um pouquinho distante do centro, mas almoçamos 2 pratos de massa com duas taças de vinho por 15 euros.

Depois de almoçarmos, descobrimos uma pracinha linda, com uma vista maravilhosa:


A praça era pequena


Com esta vista:




Olha o cartaz que havia na praça: Costa Diva, onde alguns  dos grandes filmes antigos eram ambientados


Ficamos encantados com Ravello, mas já estava na hora de voltar, pois ainda teríamos um bom caminho pela frente: pegar a Costiera e retornar a Sorrento.
Quando me perguntam sobre o que mais gostamos da viagem inteira é bem difícil escolher (quase impossível), pois cada cidade tem seus encantos: Veneza, Roma, Padova,Verona... todas maravilhosas.
Mas Ravello ficou no coração, pois nunca esperávamos por isto. Foi uma surpresa, um presente inesperado.